No próximo dia 29, a ADCR Pereira, o Pereira, o Pereirense ou outra qualquer designação como cada qual conhece o “clube da sua terra”, vai disputar no relvado do Estádio Sérgio Conceição, palco de outras finais, de outras competições, a sua segunda final consecutiva nas provas do INTAEL.
No ano transacto, em Brasfemes, num tarde quente e de boa memória, sobretudo para aqueles que a vivenciámos, o clube da terra, o Pereirense, como ainda alguns mais saudosos e carinhosamente o chamam, ganhou a Taça INTAEL, logo no seu ano de estreia nos campeonatos organizados por aquela Fundação, frente o Marmeleira
Nesta época desportiva, com uma organização mais oleada, com outros conhecimentos deste género de provas, a fasquia foi colocada mais alta, digo mesmo bem mais alta, mas, por grande mérito, ultrapassada in extremis no último jogo em casa, após uma parte final de campeonato algo titubeante.
Há um atleta desta equipa, o mais velho, diga-se, pessoa com quem mantenho conversas com relativa frequência, que por mais que uma vez me disse: “Eu sonhei com esta final”.
Eu também tenho um sonho, ou melhor, vários sonhos.
Sonho ver na bancada do Sérgio Conceição, o "nosso" Jamor, um milhar de Pereirenses, número que não será de todo exagerado, pois habitam na “Terra das Queijadas” mais de 3000 pessoas.
Sonho ver os jovens atletas do futebol do clube entrarem em campo de mãos dadas com aqueles que vão disputar a final.
Sonho ver as entidades oficiais da minha freguesia e do meu concelho nas bancadas daquele estádio como prova de reconhecimento do mérito desta equipa, deste grupo de trabalho, desta Associação.
Sonho que com mais esta conquista, esta Associação dê um salto de gigante no seu modo de estar, no seu modo de agir, pois que, como figura cimeira do associativismo local, que seja ela o grande elo de convergência numa Vila onde o mesmo associativismo foi perdendo força no seu todo e para que o seu diversificado tecido social se una em torno de causas e seja capaz, ou invés de alguns com outras responsabilidades, de reconhecer o esforço e o mérito daqueles carolas que ainda se dedicam a esta causa de corpo e alma, em troca de nada.
Mas uma final é sempre uma final. Como diz o grande José Mourinho: “as finais são para se jogar e para se ganhar”.
A vitória nesta final seria, sem dúvida alguma, uma grande prenda no ano em que a ADCR Pereira completa 25 anos de existência.
Tragam de lá o caneco!
